domingo, 28 de dezembro de 2008

DEIXEM O SONHO ENTRAR


Para esses amigos, que por aqui passasm e deixam seu rasto de amor e centelhas de amizade, hoje, sem inspiração mas com vontade, escrevi o que a alma não consegue soletrar e a verdade quer ocultar, assim, para vocês e mesmo sem inspiração para a escrita, segue este desejo de 2009 cheio de sonhos e de verdades quando vos deixo escutando esta melodia suave de um saxofone arrepiado na esquina das nossas entradas mas sempre convidando a vida, a amizade e o sonho, a aqui entrar


deixem os palhaços entrar

e nossa vida abraçar

neste ano que começa

me traga um circo de sonhos e mar,

me faça ouvir as trovas do vento,

libertar um sorriso de criança

que para trás ficou

preso no olhar dum palhaço

e num papagaio de papel a voar,

venha o circo da vida a brilhar

quero ser criança de novo

deixem os palhaços entrar


olharomar/rosadesangue

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

NATAL

Que neste Natal

chovam estrelas brilhantes de magia

acariciem todos os sonhos de criança escondidos

e num despertar de luz e cor

trespassando os corações sem dor

semeiem esperança e alegria


 

olharomar/rosadesangue

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

saudades




As luzes e enfeites desta minha cidade
despertam com as lágrimas escondidas
nas estrelas cintilantes
são os nossos amores ao céu emprestados
que brilhando na boleia das estrelas
recolhem nossas saudades

saltita no vento um aconchego de menino
e uma canção de embalar rezando baixinho
beija nossas recordações
escutando essas memorias que partiram
abraçamos os anjos que na noite por nós velam
até que o céu os reclame de novo

olharomar/rosadesangue

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Outono



o que para trás ficou por postar e antes que o Outono se acabe:


És Outono em folhas de amor errante
no espaço que agora começa
Loucamente o vento te assedia
Soltando em cada folha poesia
E do nada o amor floresce

Sfsousa/olharomar


segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

OUTONO




Te envio o Outono a sorrir

Nas folhas de cores vermelhas e sedentas

Nesses teus beijos de céu escarlate

È amor renascendo em ternura

Neste Outono que agora desponta


As folhas tocam o sol,

o fogo carrega seu mel e sua força

e transpira para nós

suas delicias e seus desejos

tuas miragens e teus beijos


olharomar

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Não me importaria (2)


Sem saber como, aqui chego e eis que há muito ausente me deixo levar e escrevo esta outra das muitas partes ainda ausentes de mim e neste escrito, sem pretensões de ser chamado de poema, mas com aquela caricia e sorriso que dia a dia nos vai tocando dando força a escrever, aqui segue:

Não me importaria
De ouvir pequenos ais
E mesmo assim viesses

Não me importaria
Se a nossa nau imaginária
Ao teu cais chegasse

Não me importaria
Desse sorriso
Que só a tela registasse

Não me importaria
Se a chuva te tocasse
E em amor se desfizesse

Sfsousa (olharomar)

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Gostava de falar de amor (3)



Gostava de falar de amor,

desse amor que só um olhar sente,

desse amor que existe em cada palavra

e se prolonga em todos os gestos,

que vagueia nos teus cabelos

e nas minhas veias se desfaz


É amor sentido que nunca se perde

viaja no espaço e nos olhos teus

rasga desejos adormecidos

transporta vendavais de amor

entre gemidos vibrantes de dor

libertando os que de amor padecem

vivendo a fingir que o não sentem


sfsousa/olharomar

sábado, 27 de setembro de 2008

Não me importaria


Indeciso estou, a pena na mão escrevendo, o sonho bailando na cabeça e apesar de ter escrito, algo me sussurra e me refreia a colocar no meu blog, é uma luta contra a vontade mas aqui vai uma parte do meu Não me importaria:


Não me importaria
De ser só e loucoE meu fogo me renegasse

Não me importariaDe ser lúcido ausenteSe teu calor me abraçasse
Não me importariaDe deixar que teu marNo meu corpo aconchegasse
Não me importariaDe aguardar tanto tempoE esse sorriso chegasse
Sfsousa (olharomar)

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Gostava de falar de amor (2)

Gostava de falar de amor,

desse amor que não mente,
do amor que não é rico nem pobre,
do amor que é amor por ser nobre,
que não escolhe almas ou corações,
sucessos ou desilusões,

É desse amor pleno que quero falar,
desse amor sentido que ninguém vê
mas que está aí,
em todos os teus poros e suspiros
amando cada momento vivido
quando a ti me dei
o céu abriu, a ti regressei
meu olhar já não anda perdido

sfsousa/olharomar

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Vila Chã



A praia de Vila Chã neste mar do nosso Norte
onde o cheiro a maresia e o vento forte
nos fustiga a maioria dos dias,
mas quando o vento amaina,
um autêntico paraíso para uns bons mergulhos e bons passeios.
Praia sossegada e leve onde serenamente nos deitamos
gozando todo o prazer deste Verão que teima em não começar.
Aqui estamos na praia defronte da casa dos nossos amigos,
nosso poiso de todo o ano, a um passo da praia,
braço dado com o campo
com a entrada do mar e do vento pela varanda
despedaçando nossos anseios
libertando nossas vidas, lavando nosso pranto

olharomar





domingo, 17 de agosto de 2008

Uma estrela

Ao meu sogro, que há dias nos privou da sua presença mas jamais nos privará da sua companhia


Hoje minhas palavras estão de luto
e nas rimas não se soltam,
sentem o vazio que no espaço ficou,
esperando rimas que não chegam,
perdidas em pedaços de amor
que por dizer ficaram.

Partiste,
nos deixando tua serenidade e amor,
verdadeiro e profundo,
partiste
mas nas ondas de paz em que viajas
recebe nosso vento de saudade
e um anjo de asas brancas
bailando nos olhos de nova estrela
que cada noite te beija

E no bailar de estrelas e cometas
As carícias nas suas caudas brilhantes enviadas
amaciam nossa saudade,
iluminando tuas recordações
no amor que nos deixaste

14 Agosto de 08 – olharomar/rosadesangue
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quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Chegada


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Com o respectivo pedido de desculpas ás minhas palavras e amigos, por ter escrito em Junho 2008 este pequeno trecho que, por esquecimento, ficou acomodado nos rascunhos e, agora o fui despertar,  - já lá vão 9 anos de outras viagens e de outras descobertas mas o apego à nossa bela terra, ao nosso país, aí está sempre vivo em nós :

Eis-me regressado das pequenas férias
que cedo se acabam,
viagens por lugares distantes,
o perder-me nos recantos
deixar abraços doutras cidades,
noutras gentes mergulhando
e chegar cansado da viagem,
a primeira em low cost
que desfez os meus receios
por viagens deste tipo.

Chego de manhã, muito cedo, cansado
mas desejoso de abraçar este nosso canto à beira-mar plantado,
sentir os cheiros que nos chegam das montanhas
e nos trazem todos os odores nos seus seios guardados,
ouvir a cadência do bater do nosso coração na água que nossos rios beijam
e sentar-me na mesa regalada com vegetais de todas as cores,
com o nosso peixe acabadinho de pescar,
relembrar todos os sabores
que se perdem nesse cantinho das nossas recordações.

Regresso
e para trás deixo outros hábitos e outros povos,
outras vidas e outras paisagens pelas quais me intrometi
nesta viagem ao sul de França,
essa Provença secular.

Regresso a casa,
esse lar muitas vezes desvalorizado
mas desejoso no nosso corpo,
sedento do nosso riso,
apelando à nossa presença
neste principio de Junho
em que o calor desperta
e flutuo deixando-me ir de regresso
ao encontro deste meu pequeno país,
este meu canto que nos oferece sua vida e suas paixões
e que inconscientemente tendemos a desvalorizar.

Fica esta foto do nosso Douro navegável,
caminho desses barcos rabelos
que carregavam esse néctar de Porto
para o partilhar com todos os povos do Mundo,

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Dança (2)


fecho os olhos
e a ti me entrego
com a dança tomando conta dos nossos movimentos
viajamos
e juntando o calor do teu corpo ao meu
rezo para que esta dança não se acabe,

os corpos rolando
por espaços vazios nunca dantes preenchidos
carregam esse amor que desperta
na força desta dança
que chicoteia nossos corpos adormecidos
e de pecados latentes os extasia
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quarta-feira, 18 de junho de 2008

Dança



E eis que a vez da nossa dança chega,
nesta noite de todas as noites
peguei em teus braços e corpo e rodopiei,


os sentimentos á flor da pele
neste aconchego que são os nossos corpos,
atraindo todas as melodias da sala,
rodopiamos em passos arrepiantes,
passos arrojados e destemidos
de tão cadenciados que não entendo


olharomar

domingo, 25 de maio de 2008

Gostava de falar de amor

Depois do jantar habitual e regular com os amigos, eis que chego a casa, tarde por sinal, cansado mas com vontade de algo escrever e com todos na cama, me dou comigo a divagar, sem saber o quê mas a escrever e, de algumas coisas escritas, que ficarão por postar, aqui vai o primeiro, realizado por volta da 01:20 deste novo dia que se avizinha, 25 deMaio, cinzento e negro, de chuva bafejado, mas não esmoreço e antes de me deitar eis que ganho coragem e finalmente escrevo e aqui posto parte do que agora escrevi, o resto certamente será postado, um dia...


Gostava de falar de amor,
daquele amor que não se vê,
nem se pode esquecer,
daquele amor que não sabemos como
mas ele aparece,
aparece sem que te apercebas,
aparece sem saberes que existe,
é esse amor que um dia quando sais de ti
encontras na rua,
no sorriso de todos,
em cada gesto desprendido,
é amor quando não passas nesta calçada
mas eu oiço teus passos,
esse amor que nos toca a todos
e não é possível recusar,
é amor de musica composto
sem saber que notas tocar

sfsousa/olharomar

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Açores

AÇORES - beleza rara, verdes campos, gente boa.

Outra viagem dos nossos sonhos, de saudades que ficaram, das flores dispersas, das simplicidades existentes, do verde que nos persegue por todo o lado, abraços que ficaram e que hoje distantes, me chamam. Açores a voltar um dia quando a nostalgia já não se conseguir acorrentar.
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sexta-feira, 2 de maio de 2008

Por uma fresta


Recebi teu amor no vento
E a janela do meu quarto abri,
chegou com o despertar da aurora
e a brisa suave da manhã
na minha cama o aconcheguei,
meus braços, meu corpo,
meu ar, meu sopro,
minha vida lhe dei,

Emprestei-lhe teus aromas
há tanto tempo guardados
nas viagens de carinhos carentes
e nos desejos em ti escondidos,

Por teus sonhos vagueei
a janela do meu quarto abri
e no vento que teu amor recebi,
meu amor em teu vento enviei

Sfsousa(olharomar)

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Portugal - 25 de Abril


Hoje resolvi postar algo que escrevi em 23 de Abril de 1999 e hoje, nesta ocasião, sinto fazer sentido:

Portugal país de marinheiros
Que um dia se fizeram ao mar
Embebidos em laços de areia e vento
Procurando novas saudades,
Raiando novos tormentos,
Fugindo do seu próprio seio
Que murchava desgastado
Desesperado por sangue novo,
À vela, a nado, em frente
Seguia insistentemente
O coração grande dum povo

Muitos foram o que delapidaram a sua nobreza,
Recalcaram os seus sentidos,
Paralisaram a sua vontade,
Imensas agressões lhe deram ânimo e certeza
Que um dia, com a chegada da aurora e da verdade
Soltaria livremente os seus filhos e seus medos
E tranquilamente, voaria para a liberdade

Sem ser escritor ou poeta nascido
Algo surgiu do meu pequeno nada
Escrevendo sem ser leve ou subtil
Deixo o jornal vagamente lido
E à esperança, ao futuro, a tudo,
Eu dedico Abril

Pensei ainda, que mais escrever
Se tudo o que tinha de ser dito, assim foi,
Penso em tudo que estas gerações,
Nascendo sem saber o bom que é, o mau que foi,
Restar-lhes as lembranças mal contadas,
Vezes sem conta por ninguém
Cuja memoria no tempo se perde
Das formas que mais convém.

A passo dado com a vida,
Seguimos caminho adiante
Abrindo nossos corações ao mundo,
Relembrando velhos tempos
Que um dia nos fez navegantes
E com esse mesmo espírito ardente
De poetas, cantores, artistas, artesãos,
Todos seremos finalmente
Amigos de todos e de todos a
mantes.

sfsousa(olharomar)

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Como se verdade fosse



Como se verdade fosse,
Um pensamento me surge,
E divago sozinho

Pensamento colorido,
Coisas boas nos tocando
Como brisa de verão

Corpo leve voando,
Sorrindo a quem passa breve
Seus sonhos levando

E nesse teu corpo ausente passeando,
…Deliro contigo
Como se verdade fosse


sfsousa (olharomar)

terça-feira, 8 de abril de 2008

Num abraço

Num abraço me tens,
Basta olhar em redor
Fitar o vento nos olhos
E deixar o cabelo voar
Meus Vaga-lumes te iluminando
Desfazem teu esquecimento
E voltas para mim teu olhar
Despertando estes pirilampos
Soltas tuas luzes de amor
Iluminando novo despertar
sfsousa(olharomar)

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Doce Outono


Viajo por países de ti distantes,
Procuro teus cheiros em vão,
Corro por ai sem destino
E me fascino
Por esse amor que sei que aí está
E em folhas de Outono se desfaz

Que me chega cedo demais
E me aproxima do seu calor de Verão,
Passo a mão pela Primavera dos seus cabelos
E o Inverno apertado se desvanecendo
Breves abertas me deixa,
É Outono
E neste reviver as estações procuram o teu olhar
Que no Outono parou
E mesmo não querendo
Com suas folhas caídas me envolveu
E de leve tocou,
De mansinho,
Devagarinho,
Como uma flor a desabrochar seu véu,
Pulsando seu sangue, esvaindo seu fel
Regando suas pétalas de orvalho
Com néctar de sabor a mel
Em teu perfume transformado

Sfousa (olharomar)

segunda-feira, 24 de março de 2008

Maresia me despindo


Versos de calma em frente ao mar,
Maresia me despindo
Em teus braços de sal me transforma
Me roubando minha defesa e meu ar
Deixando que a água me possua
Me levas a passear no teu mar
Tal sereia cantando, bela e nua
És sereia aos sonhos resgatada,
E nessa imensidão de arrepiar
Essas estrelas que a teus olhos sua luz dedico
Me acordando neste meu mar sentido
Me deixam sossegar,
Nesse mar se deitando
E nas tuas águas agitadas de dor
Partilhas essa dor comigo
Em tuas águas de amor navegando


sfsousa(olharomar)

quinta-feira, 20 de março de 2008

Um pássaro (cont)



E neste outro lado da janela
Sobre a qual estou debruçado,
Das saudades me despeço
Esse pássaro de cores brilhantes
Brilhou nos ares e se foi
Em fumo de pesar que não dói
Deixando sua alegria e amor aconchegados
E ao longe,
Do outro lado dessa janela
Pela qual repartimos nossos olhares,
Me arrepio de seu pio deslumbrante
Tal silvo estridente
Que só teus sentidos perseguem
E sem saudades acabam
sfsousa

quarta-feira, 19 de março de 2008

Um pássaro


Um pássaro hoje minha face beijou,
Asas de leve batendo,
Sua breve brisa me tocou
Me contagiando com sua alegria e liberdade
E com um piscar de olhos
Suas asas levantou
E uma pena me deixa,
Pena colorida
As cores do arco-íris aí libertadas
Os amores do mundo contemplados
Por essa pena órfã de amor
Às outras penas arrancada

sfsousa

domingo, 16 de março de 2008

Tinha pensado nada escrever mas eis que voltando com novo aparelho, já que o outro se foi, resolvo em vez de postar algo de novo entretanto escrito, postar sim um rascunho de algo que escrevi há tempos e do qual não me desfiz, foi postado rectificado, relido e contra o meu sentir, pois penso que o que melhor se poderá escrever será o que sai e imediatamente se coloca pois repensando, alegrando com palavras bonitas, com rimas de ocasião etc, as vogais perdem o sentido e as consoantes se desfazem.
Sendo assim e querendo homenagear esses rascunhos perdidos, para outros irmãos de ocasião, aqui fica o rascunho que deveria ter sido postado na devida altura mas não foi:

Esta vida é louca
É vida que não sendo demasiada
É vida desabrochada e sentida
E pode ser vida amada e respeitada
Pois o sentido de tudo
Pode acabar por surgir
Bastando ter um abraço quente
Ser um ombro amigo
Ser uma palavra aconchegada
Ser um grito de esperança
Ser um uivo de despertar
Ser um alerta desejado
Ser um sorriso sincero
Ser uma palavra amiga
Ser um pedaço de pão
Ser um olhar meigo
Ser uma carícia não pedida
Ser um beijo apertado
Numa face escondida

sfsousa

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

até que chegues


Até que chegues

Explodindo de amor e sentimentos

Me deixo ficar

Neste meu sono frio e profundo

Com imagens bailando

E contigo sussurrando

Leves uivos de amor dedicado e consentido

E em sonhos me levanto

Sem nunca te alcançar

Me perco como sempre

Nestes silêncios que não acabam

E se multiplicam eternamente

Sfsousa

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

de noite


Mesmo sem intenção cá estou de volta com os meus uivos:

De novo o escuro da noite cai

E tu não voltas

Pois o sonho acabou

E eu lobo negro da alcateia fugido

Aproveito a escuridão da noite

E nela me refugio

Até que outra loba

Destes meus sonhos me acorde



The darkness of the night falls again

And you do not return

Since the dream finished

And I black wolf of the pack escaped

I use the darkness of the night

And I take my refuge

Up to what another she-wolf

Of these my dreams wake me



sfsousa

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

o azul do céu

Eu nasci com o azul do céu me tocando

E esta vida percorro vagueando

Pleno de sentir

Amizades conseguidas

Em verdades erguidas,

Felicidades partilhadas

Com amigos do coração

Louvando com satisfação

A sorte que nos tocou,

O vento nos abraçou

E como esse azul do céu

Meus amigos são teus

E em amor partilho

Estes meus tesouros contigo


I was born with the blue of the sky touching myself

And I’m going through this life wandering

Plenty of feeling

Having got friendships

In raised truths,

Shared Happiness

With friends of heart

Praising with satisfaction

The luck that touched us,

The wind hugged us

And like that one blue of the sky

My friends are yours

And in love I share

All my treasures with you


sfsousa

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Te amo

Dando um pouco de descanso a esses meus UIVOS e fazendo jus a uma opinião de quem prezo, hoje ao invés de postar algo sobre os UIVOS que ainda não se esfumaram, sai um poema que espero que todos os que por aqui vão passando, desfrutem de o ler como eu o desfruto ao escrever e que as suas opiniões boas ou más, mas verdadeiras e sinceras sejam expressas, pois sendo opiniões verdadeiras são acolhidas com a mesma estima.

Eu te amo com a força das tempestades e das marés

Te amo com o silencio das madrugadas,

Eu te amo com a alegria de quem é presente e se foi,

Te amo com o passar dos tempos que não registo

Eu te amo com esta alegria que não se acaba,

Te amo com este sabor de sal em olhos não desbravados,

Eu te amo na viagem destes raios de sol que de tão quente nos arrebata,

Te amo com todas as consequências e todas as virtudes,

Eu te amo como és, simples e inocente, dolorosa de tanto amar,

Te amo mesmo doendo de tanto querer

Eu te amo sem rede em salto de equilibrista destemido,

A vida nas tuas mãos…eu te amo.


I love you with the strength of the storms and of the tides

I love you with the silence the dawns,

I love you with joy from who is present and went away,

I love you in spite of spending the times that I do not register

I love you with this joy that never finished,

I love you with this taste of salt in not explored eyes,

I love you in the travel of these rays of sun that of so hot snatches us,

I love you with all the consequences and all the virtues,

I love you as you are, simple and innocent, painful of so much loving,

I love you even hurting of so much wanting

I love you without net in jump of fearless equilibrist,

The life in your hands … I love you.


Sfsousa (olharomar)

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Tal lobo faminto

Tal lobo faminto

Saí de madrugada,

Abandonei a alcateia

E voei pelos espaços livres

Dos teus sonhos

Percorri teu corpo de loba,

Passo a passo,

Gozando momento a momento

As lágrimas frias de orvalho

No teu corpo contidas

E bebi,

Bebi da tua pele e da tua beleza

E o meu desejo de ser lobo

Em lobo me tornou

E tu loba branca de olhos cerrados

Não acordaste.

Estás aí

Mas não existes


sfsousa

Such a hungry wolf

I left from dawn,

I left the pack

And I flew for the free spaces

Of your dreams

I went through your body of she-wolf,

Step by step,

Enjoying moment at moment

The cold tears of dew

In your body contained

And I drank,

I drank of your skin and of your beauty

And my wish of being a wolf

Into wolf it made me

And you white she-wolf of thick eyes

You did not wake up.

You are there

But you don’t exist

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Nossa viagem

Desapareceu a lua cheia

E a nossa viagem

Por todos as veias do nosso corpo

Que desesperadamente rasgamos,

Já se foi,

E aqui ficamos

Meio lobos meio humanos,

Amando de novo em silêncio,

Perdidamente,

Como se nunca

Nos tivéssemos transformado

sfsousa

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

e aqui te espero


E aqui te espero

Fiel aos nossos cheiros,

Corpo pleno de anseio,

Atmosfera apanhada em contraponto,

O nevoeiro saindo e tu chegando…

De dia meia loba, meia mulher,

De noite meia fera, meio prazer,

Desafiando meus desejos

E perdendo teus uivos.

sfsousa

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Escrevo


Escrevo porque escrevo,

escrevo por que sinto,

não sou árvore nem jardim,

apoteose ou clarim,

sou um simples arlequim

que escreve porque escrevo

e se solta para mim,

escrevo porque escrevo

sem doutos conhecimentos enfim,

sou um imberbe de poesia,

deserdado da rima,

mas é assim, ela solta-se e sai,

voa, rodopia e cai

e de novo escrevo porque escrevo,

me levanto e de passo inseguro prossigo

escrevo e não rodopio,

palavras buscando alegria

escrevo porque escrevo

letras soltas da minha fantasia.

SFSOUSA

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Meu Carnaval

Carnaval que de alegria me chega
e para outros céus me desperta,
esse sussurro de amor te agradeço
por em imaginação me ofereceres
este Carnaval que não me mereço
e neste sonho passageiro que respiro,
desse chamamento de amor me despeço,
enviando esta mascara
que a ti pertenceu e meu coração liberta

sfsousa

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Perdidos



Por trilhos escondidos nos perdemos

Sem nunca nos alcançarmos,

Mas a lua que guia nossos corpos

Nos revela seus caminhos

E por momentos te deitas

Até que outra estrela acorde

E desperte meus sentidos,

De lobo á espreita em cada caminho,

Clamando pelo amor que enviado te foi

E que o teu uivo com a aragem da noite

Me seja devolvido

Pleno de chamamento

E de esperança renascido

sfsousa

domingo, 27 de janeiro de 2008

E na noite

E na noite

O silêncio continua penetrante

E eu solenemente me aproximo

Da colina mais alta

Para daí te poder alcançar

E á lua uivar,

Procurando que me traga no vento

O teu odor de loba suada

Em busca desejada

sfsousa

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

De novo o silêncio

De verdade, tenho enorme dificuldade e porventura uma visivel falta de geito para encontrar fotos que possa tentar de algum modo enquadrar em conjunto com o que escrevo mas de verdade é um trabalho árduo e seguramente nada conseguido. Hoje tinha pensado em recomeçar a escrever "OS UIVOS" e fui procurando por essa net fora uma foto com que puedesse começar esta postagem mas...nada, e, eis que quando já pensava desistir encontrei um foto dum excelente fotografo português, DUARTE ALMEIDA, que me atrevo a pedir emprestada para aqui postar e que me perdoe por este abuso:

De novo o silêncio

Chegando com a aurora,

Os corpos á espreita,

Os olhos movendo-se

Atropelando os sentidos

Que percorrem nossos corpos

Em ritmo de cavalgada alucinante

Na procura infindável

Da tua boca e dos teus beijos

Que se perdem

Em cada madrugada.

sfsousa

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

CHOCOLATE BRANCO

O chocolate branco

Também me toca

Mais quente e macio

Traz na boca

A duvida por um fio

De ser chocolate sentido

Mais calmo e doce

Como se mel fosse

Eternamente mais tranquilo

sfsousa

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

CHOCOLATE NEGRO

Chocolate negro

De boca ardente

Lábios vermelhos

Olhos rasgados

Nesse tão negro

Que cada gota derramada

Desse teu chocolate

Colhido entre tantos ais

Em lágrimas negras

Se derrete e se esvai


sfsousa

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

CHOCOLATE

Chocolate branco

Chocolate negro

Que chocolate me apraz?

O negro

Me arrepia de bom

Profundo e tocante

Belo de tão apertado

É puro e apaixonante

Suavemente amargo

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Até um dia Cabo Verde... até um dia

CABO VERDE

Hoje resolvi escrever sobre Cabo Verde, uma visita apressada á Ilha do Sal, bela e assustadora, plena de sol e de chuva sedenta, presenteando a nossa chegada com um sopro de calor dessa Africa selvagem, que nos vai rodeando e de humidade nos reveste.

Saída do aeroporto e lá está a nossa guia, simpática como todos os locais, dirigindo-nos para essas carrinhas antigas com atrelados a recolher as malas, e lá vamos nas camionetas desengonçadas que nos surpreendem como ainda se vão conseguindo mover nesta noite negra e de luzes abandonadas, certamente terão imensas historias para nos contar dessas suas inesquecíveis viagens.

Primeiro dia, aproximação e surpresa pela beleza do que foi erigido em tão árido local, as pessoas simpáticas, a mesma língua nos acompanhando e assim lá fomos desenvolvendo conhecimentos, gozando em pleno os nossos corpos nessas areias brancas e águas tão límpidas, transparentes e insinuantes, reclamando nossos corpos para as suas ondas nos poderem beijar.

Resolvemos fazer uma viagem de reconhecimento ás miragens e olho de água e lá nos metemos ao caminho nos jipes alugados para o efeito e lá fomos cabelos desgarrados, um lenço para trás deixado, um boné que da cabeça fugiu e não parou, por lá ficou, quilómetros percorridos em terra batida sem nada em redor, as arvores e vegetação fugiram pois a água as abandonou, mas eis que em direcção ao mar, chegamos a um sitio belo de tão só, uma barraca de madeira isolada, vendendo suas cervejas de aparência fresca, africanos doutras paisagens, vendendo suas bugigangas e uma piscina artificial entre rochas vulcânicas esculpida.

As roupas despidas num ápice e sem muito pensar, de cabeça mergulhamos nesse mar azul e desperto, sentindo fervilhar a sua vida e a juventude deste país palpitando, lançando suas ondas de amor abraçar estas rochas perdidas no meio de nada.

Nesse caminho desbravado para ver as minas de Sal, os banhos nessa água tão densa que deixava nossos corpos em suspenso, flutuando, não conseguindo tocar o seu leito azul e denso, convivemos com alguns seniores que doutra ilha vinham, sobretudo da Ilha de Santiago, e com a facilidade imensa que a mesma língua vai acolhendo outras culturas e outras gentes, aí começamos a falar, trocar ideias, desejos e sonhos comungados por todos, nas promessas de um dia aí voltar, tocar de novos os olhares dessa gente e nos alegrar com seus olhos brilhantes de poder imenso apesar de terem quase tudo de nada.

Vimos casebres de zinco, casas desconexas e vilas de vidas adiadas por falta de possibilidades oferecidas, vimos gente, gente de sorriso nos lábios, de coração aberto, vendendo aquilo que conseguem inventar, para no outro dia carregar de novo os mesmos pedaços de nada e alegremente recomeçar.

Vimos crianças soltas brincando em união, no recreio da escola, as dificuldades para trás, rodopiando no ar uma alegria e esperança que contagia, um poder que nos abraça, uma vontade de conseguir vencer que a todos arrasta e sente-se que hão-de vencer adversidades, hão-de libertar seus sonhos e viver, viver com o encanto dessa esperança e verdade que carregam em seus olhos e nos seus rostos, e viver felizes…merecidamente.

Vimos saudade enquanto partimos, deixamos ais em vão repetidos, arrumamos os corpos e bagagens, e na quietude da viagem os pensamentos de todos se cruzaram e em uníssono o desejo de voltar ficou, cruzou os ares e se soltou… até um dia Cabo Verde…até um dia.


Escrito em 17/01/2008 antes que se dissipem as lembranças e a memória me atraiçoe (sfsousa)