sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Vila Chã



A praia de Vila Chã neste mar do nosso Norte
onde o cheiro a maresia e o vento forte
nos fustiga a maioria dos dias,
mas quando o vento amaina,
um autêntico paraíso para uns bons mergulhos e bons passeios.
Praia sossegada e leve onde serenamente nos deitamos
gozando todo o prazer deste Verão que teima em não começar.
Aqui estamos na praia defronte da casa dos nossos amigos,
nosso poiso de todo o ano, a um passo da praia,
braço dado com o campo
com a entrada do mar e do vento pela varanda
despedaçando nossos anseios
libertando nossas vidas, lavando nosso pranto

olharomar





domingo, 17 de agosto de 2008

Uma estrela

Ao meu sogro, que há dias nos privou da sua presença mas jamais nos privará da sua companhia


Hoje minhas palavras estão de luto
e nas rimas não se soltam,
sentem o vazio que no espaço ficou,
esperando rimas que não chegam,
perdidas em pedaços de amor
que por dizer ficaram.

Partiste,
nos deixando tua serenidade e amor,
verdadeiro e profundo,
partiste
mas nas ondas de paz em que viajas
recebe nosso vento de saudade
e um anjo de asas brancas
bailando nos olhos de nova estrela
que cada noite te beija

E no bailar de estrelas e cometas
As carícias nas suas caudas brilhantes enviadas
amaciam nossa saudade,
iluminando tuas recordações
no amor que nos deixaste

14 Agosto de 08 – olharomar/rosadesangue
Posted by Picasa

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Chegada


Posted by Picasa

Com o respectivo pedido de desculpas ás minhas palavras e amigos, por ter escrito em Junho 2008 este pequeno trecho que, por esquecimento, ficou acomodado nos rascunhos e, agora o fui despertar,  - já lá vão 9 anos de outras viagens e de outras descobertas mas o apego à nossa bela terra, ao nosso país, aí está sempre vivo em nós :

Eis-me regressado das pequenas férias
que cedo se acabam,
viagens por lugares distantes,
o perder-me nos recantos
deixar abraços doutras cidades,
noutras gentes mergulhando
e chegar cansado da viagem,
a primeira em low cost
que desfez os meus receios
por viagens deste tipo.

Chego de manhã, muito cedo, cansado
mas desejoso de abraçar este nosso canto à beira-mar plantado,
sentir os cheiros que nos chegam das montanhas
e nos trazem todos os odores nos seus seios guardados,
ouvir a cadência do bater do nosso coração na água que nossos rios beijam
e sentar-me na mesa regalada com vegetais de todas as cores,
com o nosso peixe acabadinho de pescar,
relembrar todos os sabores
que se perdem nesse cantinho das nossas recordações.

Regresso
e para trás deixo outros hábitos e outros povos,
outras vidas e outras paisagens pelas quais me intrometi
nesta viagem ao sul de França,
essa Provença secular.

Regresso a casa,
esse lar muitas vezes desvalorizado
mas desejoso no nosso corpo,
sedento do nosso riso,
apelando à nossa presença
neste principio de Junho
em que o calor desperta
e flutuo deixando-me ir de regresso
ao encontro deste meu pequeno país,
este meu canto que nos oferece sua vida e suas paixões
e que inconscientemente tendemos a desvalorizar.

Fica esta foto do nosso Douro navegável,
caminho desses barcos rabelos
que carregavam esse néctar de Porto
para o partilhar com todos os povos do Mundo,