domingo, 25 de novembro de 2018

PERDIDO






PERDIDO

Estou perdido como o tempo
Mas liberto nas asas da aurora
E na fuga eterna dos meus lamentos
Que percorrem todas as veias
Encontradas em cada amor de Outono

domingo, 11 de novembro de 2018

HOJE É DIA DE... CHUVA

CHUVA
Chove imensamente neste dia escuro
parece que o céu quer lavar o rosto da terra
e dar-lhe novo sentido
Ouve-se a chuva caindo intensamente
o seu som tocando as pedras da calçada da vida
mas não nos conseguem acordar
mantém-se intensa como os sentimentos
que ficaram pregados no chão e não querem sair
é chuva violenta que traz o desassossego do céu
nas suas lagrimas
A vida deve estar certamente zangada connosco
e nos envia esta tempestade
esta chuva que não para
e nos seca a vontade
é violenta, dolorosa
gritante
como quisesse ser amada neste dia
mas não
a chuva é só chuva violenta
como os nosso actos em desespero
e que momentaneamente
sem que ninguém dê por isso
param de chorar
abraçam os corpos e a vida
que na rua se deparam
parou a chuva
o silencio voltou
mas o sol
esse continua escondido no fundo dos teus olhos

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

HOJE SENTI...





Hoje corri sem medo
Libertei o pensamento
Olhei pela janela do teu corpo
E senti meu corpo voando junto ao teu

Hoje saltei sem medo
Por janelas de países distantes
Esperando recuperar tua luz
Partilhar minha liberdade

Hoje marejei sem sentido
Despedi-me das ilusões
Desfiz-me dos versos
Embalados na nossa pele

Senti o abraço que faltava
Nos anos-luz de amor
Que por dizer ficaram
Fitei o teu sorriso
Me desfiz acordando
No teu pestanejar

sfsousa/olharomar