segunda-feira, 21 de abril de 2008

Portugal - 25 de Abril


Hoje resolvi postar algo que escrevi em 23 de Abril de 1999 e hoje, nesta ocasião, sinto fazer sentido:

Portugal país de marinheiros
Que um dia se fizeram ao mar
Embebidos em laços de areia e vento
Procurando novas saudades,
Raiando novos tormentos,
Fugindo do seu próprio seio
Que murchava desgastado
Desesperado por sangue novo,
À vela, a nado, em frente
Seguia insistentemente
O coração grande dum povo

Muitos foram o que delapidaram a sua nobreza,
Recalcaram os seus sentidos,
Paralisaram a sua vontade,
Imensas agressões lhe deram ânimo e certeza
Que um dia, com a chegada da aurora e da verdade
Soltaria livremente os seus filhos e seus medos
E tranquilamente, voaria para a liberdade

Sem ser escritor ou poeta nascido
Algo surgiu do meu pequeno nada
Escrevendo sem ser leve ou subtil
Deixo o jornal vagamente lido
E à esperança, ao futuro, a tudo,
Eu dedico Abril

Pensei ainda, que mais escrever
Se tudo o que tinha de ser dito, assim foi,
Penso em tudo que estas gerações,
Nascendo sem saber o bom que é, o mau que foi,
Restar-lhes as lembranças mal contadas,
Vezes sem conta por ninguém
Cuja memoria no tempo se perde
Das formas que mais convém.

A passo dado com a vida,
Seguimos caminho adiante
Abrindo nossos corações ao mundo,
Relembrando velhos tempos
Que um dia nos fez navegantes
E com esse mesmo espírito ardente
De poetas, cantores, artistas, artesãos,
Todos seremos finalmente
Amigos de todos e de todos a
mantes.

sfsousa(olharomar)

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Como se verdade fosse



Como se verdade fosse,
Um pensamento me surge,
E divago sozinho

Pensamento colorido,
Coisas boas nos tocando
Como brisa de verão

Corpo leve voando,
Sorrindo a quem passa breve
Seus sonhos levando

E nesse teu corpo ausente passeando,
…Deliro contigo
Como se verdade fosse


sfsousa (olharomar)

terça-feira, 8 de abril de 2008

Num abraço

Num abraço me tens,
Basta olhar em redor
Fitar o vento nos olhos
E deixar o cabelo voar
Meus Vaga-lumes te iluminando
Desfazem teu esquecimento
E voltas para mim teu olhar
Despertando estes pirilampos
Soltas tuas luzes de amor
Iluminando novo despertar
sfsousa(olharomar)

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Doce Outono


Viajo por países de ti distantes,
Procuro teus cheiros em vão,
Corro por ai sem destino
E me fascino
Por esse amor que sei que aí está
E em folhas de Outono se desfaz

Que me chega cedo demais
E me aproxima do seu calor de Verão,
Passo a mão pela Primavera dos seus cabelos
E o Inverno apertado se desvanecendo
Breves abertas me deixa,
É Outono
E neste reviver as estações procuram o teu olhar
Que no Outono parou
E mesmo não querendo
Com suas folhas caídas me envolveu
E de leve tocou,
De mansinho,
Devagarinho,
Como uma flor a desabrochar seu véu,
Pulsando seu sangue, esvaindo seu fel
Regando suas pétalas de orvalho
Com néctar de sabor a mel
Em teu perfume transformado

Sfousa (olharomar)