segunda-feira, 30 de julho de 2007

ATÉ QUANDO

Hoje estava tentado a colocar hoje algo de bonito, como um poema á vida, ao amor ou mesmo recomeçar com os meus uivos, mas saindo hoje para tomar café, vers midi, e tendo ouvido uma noticia na TV sobre pessoas como nós que sofrem por nascerem ou estarem nos sitios errados, repenso e perdoem-me mas desta vez segue o que hoje foi feito e a esperança prevaleça:

Hoje de novo

No parque nascente para café e chocolate tomar,

Café pedido

Mesa á espera,

Dia de verão, calor imenso,

Gente da estrada e do calor fugindo

Aqui se refugiando,

Vestidos coloridos provocando,

Mulheres passeando

Seus corpos bem bronzeados

E eu bebendo o meu café

Por entre risos inocentes,

Por entre palavras que não entendo,

Emigrantes de vozeirão forte

Francês arranhado

E vejo,

Passeio,

E desfruto

Este emaranhado de gente que de longe vem,

Deixando o trabalho e suas privações

Ao descanso aqui chegando

Mas eis que entre este rodopio de gente,

De caos controlado

Me dou conta que na televisão

Uma noticia salta,

Sim, é da Asia que estão comentando,

Cheias enormes,

Gente sem recursos,

Gente perdida sem saber que fazer,

Implorando… implorando

A maioria de nós sem sensibilidade

Seguimos nas compras sem necessidade,

Na recusa de atenção prestar

A estas vidas que nem sequer começam

E deixamos andar

... até quando ??

Situações dramáticas,

Gente pendente do sabor das tempestades,

Das chuvas,

Do sol,

Das guerras

De impotência perante tais atrocidades

E sem nada…

…até quando?

Vidas sem esperança,

Crianças sem pão,

Mães chorando desesperadas e sem lágrimas,

Falta de nossas vontades

…até quando?

E aqui estamos pensando no sol,

Na praia,

No creme de baixa ou grande protecção,

Nas compras,

Nas roupas com desconto de estação

E noutro lado a cada momento tudo se acaba

Sem um pedaço de esperança

Por ter tão pouco de nada,

…até quando?

30/07/2007 - Sfsousa (no pq nascente)

Nenhum comentário: