terça-feira, 20 de novembro de 2007

Viagem a Santarem - entre lezirias e campinos

De saudades e de ausências me dispo

E nestes dias sem paz, revisito meus carinhos

Soltando meus fados, de viagem em viagem prossigo,

Nesta semana de incontáveis quilómetros,

Apreciando essas paisagens belas e calmas das planícies ribatejanas,

Com o Tejo beijando suas margens e nelas misturando suas águas e suas dádivas.

Sigo mergulhado em cheiros indistintos, sonhando, com os olhos postos na estrada,

Apreciando aves que nesse céu brilhante, sós como eu, se perdem

Repouso meus pensamentos até que nova paragem me acorde e os meus sentidos despertem

E nesta paragem que se aproxima, cedo e sem cor, saio

Visto este meu corpo com outras auroras, com outras faces,

Dos sonhos me despeço e na vida recomeço,

Uma visita contabilizando e aí estou na crueza desta luta,

Onde os sonhos se desfazem e a realidade de mim toma conta,

Deixo que outros sentimentos me possuam,

Desmentindo minha emoção, contrariando meu coração,

Indiferente a qualquer sentido

Sigo carregando meu destino,

A realidade acabando surgindo, mas com a chegada a noite,

Entra nos meus lençóis de mansinho e em sonhos me consola

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