quinta-feira, 23 de agosto de 2007

AO PAI FERREIRA E AVOZINHA

A estes avós fantásticos que a vida me deram, cúmplices de todas as vontades e anseios, que não puderam presenciar a madrugada de Abril e de liberdade, na qual sempre acreditaram, a minha homenagem singela e sentida a estes meus avós de estirpe única e verdadeira e de valores incorruptíveis.

Aos meus avós maternos

A quem tudo devo,

A vida,

A educação,

A vivência,

O sabor da vida

O valor da amizade,

O saber que a liberdade estava ali,

Encarcerada mas viva

E pronta a despertar,

Aos meus avós

Que me fizeram sentir a vida

E no seu colo me aconchegaram,

Lembrando-me em tempos idos

Que a esperança e liberdade

Não são coisas vãs,

Aos meus avós

Que pela liberdade lutaram

E presos foram,

Despojados da vida

E de pecados inventados,

Aos meus avós

Que pelos outros lutaram

E sofreram sem queixume,

Aos meus avós

Que valem mais que tudo junto,

E nada os separou

Aos meus avós

Que sempre tudo me deram

E nada pediram,

Aos meus avós

Que de ideais viveram

Acompanhando a juventude

E a evolução,

Aos meus avós

Que foram tudo para mim

E mesmo hoje continuam a ser,

A esses meus avós,

Estejam onde estiverem

Podem ter a certeza

Que nunca se esfumarão,

Pois entre tempos,

Entre vidas

Entre outros que virão,

Jamais serão por mim esquecidos,

Recordarei eternamente

Tudo o que lhes devo

E para sempre

No meu coração aí permanecerão

E quando olho o céu

Despertando com a luz

Recordo com paixão

Que avós como estes

Todos podem ter

Mas melhores… não.

Em 23/08/2007 sfousa

Um comentário:

Anônimo disse...

um retrato muito fiel e tão presente dos teus e meus avós

april 09