sábado, 18 de abril de 2020

MEMORIAS...

MEMÓRIAS 

Recordo alegremente 
A viagem que fizemos 
Num passado Domingo

Partimos alegres 
Entre amigos 
Desafiando vontades 
Rumando caminhos adentro 
Até à aldeia de Couce 
Buscando memórias passadas
Lembranças boas, outras más 

Recordações em espiral 
Tropeçando em cada pedra 
Ao caminho arrancada…
Uma lembrança surgindo
Outra lembrança recordada

Recordação
Dos momentos de paixão, 
Loucuras á volta da fogueira, 
Gestos descuidados 
Em tom de catraios envergonhados 

Falávamos de tudo 
Das namoradas,
Do não ir à guerra 
Dos nossos desgostos de amor
Repetidos e recomeçados
Das nossas ilusões de futuro 
Algumas alcançadas 
Outras inatingíveis … ilusões 
De muitos verões 

Em passagem por esses campos 
Do outro lado do rio, 
Nossos verdes anos florindo 
Com amores despertados
Desencantados e desavindos

Acampamentos sem nada 
Tendo a força dos nossos abraços 
E o poder dos nossos sonhos 
Assim vivemos nesse lado
Do verão quente 
Da água límpida corrida 
Atravessando agora poluída, 
Levadas que a agua comportam,
Caminhos abertos 
Pelas nossas recordações, 
Que sempre voltam, 

Civilização apressada
A Terra desbravada 
Todo o encanto acabado
Desse mundo ausente
Nos nossos pensamentos 
Permanecerá imaculado 

De águas límpidas distantes
Nossos corpos mergulhando, 
A noite aparecendo 
Como se fosse chamada 
Dando voltas na fogueira 
A cada labareda surgida
Uma das vidas contada 

E muitas chamas de vida
Se foram ao rio lavar 
Trazendo labaredas ardentes 
Puras, inesquecíveis
Desaparecendo no ar
Mas os sonhos de juventude 
Permanecem vivos nesse luga

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