MEMÓRIAS
Recordo alegremente
A viagem que fizemos
Num passado Domingo
Partimos alegres
Entre amigos
Desafiando vontades
Rumando caminhos adentro
Até à aldeia de Couce
Buscando memórias passadas
Lembranças boas, outras más
Recordações em espiral
Tropeçando em cada pedra
Ao caminho arrancada…
Uma lembrança surgindo
Outra lembrança recordada
Recordação
Dos momentos de paixão,
Loucuras á volta da fogueira,
Gestos descuidados
Em tom de catraios envergonhados
Falávamos de tudo
Das namoradas,
Do não ir à guerra
Dos nossos desgostos de amor
Repetidos e recomeçados
Das nossas ilusões de futuro
Algumas alcançadas
Outras inatingíveis … ilusões
De muitos verões
Em passagem por esses campos
Do outro lado do rio,
Nossos verdes anos florindo
Com amores despertados
Desencantados e desavindos
Acampamentos sem nada
Tendo a força dos nossos abraços
E o poder dos nossos sonhos
Assim vivemos nesse lado
Do verão quente
Da água límpida corrida
Atravessando agora poluída,
Levadas que a agua comportam,
Caminhos abertos
Pelas nossas recordações,
Que sempre voltam,
Civilização apressada
A Terra desbravada
Todo o encanto acabado
Desse mundo ausente
Nos nossos pensamentos
Permanecerá imaculado
De águas límpidas distantes
Nossos corpos mergulhando,
A noite aparecendo
Como se fosse chamada
Dando voltas na fogueira
A cada labareda surgida
Uma das vidas contada
E muitas chamas de vida
Se foram ao rio lavar
Trazendo labaredas ardentes
Puras, inesquecíveis
Desaparecendo no ar
Mas os sonhos de juventude
Permanecem vivos nesse luga
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