terça-feira, 13 de agosto de 2019

LAGRIMA


LAGRIMA

No silêncio das palavras 
E no aconchego do corpo 
Neste sofá de pernas claras
Um trago de café fica por tomar 
No ausente amanhã

Nos pensamentos com rédea solta
Penso entender o que desfila no ecrã
Um romance de amor que me assusta 
Dominando esta desordem que se aproxima
Me obrigando a deixar de escrever
A abandonar a musica que me beija os ouvidos 

Oiço falar de amor
Trocam palavras e gestos
Dão rodopios à vida e à verdade
Que tento compreender
Mas o silêncio dos olhares
No amor cúmplice
Que se manifesta perante meus olhos
Configuram minha desordem e meu vazio 

E neste dia
Uma lágrima sufoca meu respirar
Violenta minha face 
Me obriga a pensar 
Que as memórias e os sentimentos 
Se manifestam com este arrepio 
Inesperado
Que nos dá vida e acaricia o coração 
E essa lágrima que sem sossego vai
Sentida é... profunda cai.



Nenhum comentário: