quinta-feira, 28 de abril de 2011

PORTO


E nesta cidade que é minha
tropeço nos seus pedidos de liberdade
e paro,
meditando nas gentes
que aqui dormem,
sem casa,
nas pessoas aqui debitadas
em manhãs sem sentido,
de esperança perdida
em casa deixada
e a cidade despertando
sem aquele bocejo apreciado
de quem abre a janela
deixando a suave brisa matinal entrar …
as janelas já foram abertas
em qualquer outro lugar
e tu cidade minha
despertas
com o sorriso dos outros
que te visitam e possuem
e retribuis com teu brilho e teus cheiros
abrindo teu corpo
ainda suado da noite
de fado em fado
destroçado

Sfsousa

Nenhum comentário: