sábado, 30 de janeiro de 2010

Memórias da viagem ao Alentejo (1)




Nas nossas memorias ficam as visitas a Arraiolos,
famosa e mundialmente conhecida pela manufactura dos seus tapetes,
a passagem tocando levemente Évora recordando o Templo de Diana,
a chegada a Reguengos,
onde fomos presenteados com uma refeição bem alentejana no restaurante o Gato, mesmo no centro da Praça onde se desfruta a imagem duma igreja espectacular virada para o centro da vila,
o desvio feito na saída para Monsaraz passando pela adega cooperativa de Reguengos, a passagem por Corval, onde há a maior concentração de oleiros da península ibérica, parar para apreciar o artesanato alentejano no seu melhor,
visitando uma olaria e assistindo ao nascimento duma peça de arte a partir dum simples naco de barro,
com as mãos como ferramenta e o coração como inspiração
e depois mergulhar os olhos na água imensa dessa reserva do Alqueva com o castelo de Mourão de peito aberto no alto,
na defesa das invasões dos inimigos de outrora e a visita à Nova Aldeia da Luz, reconstituída pedra por pedra, rua por rua,
na vã ilusão de recriar a mesma aldeia,
nova de raiz mas com as mesmas memorias que ficaram nas pedras,
nas calçadas e nas casas que foram engolidas pelas águas com a construção da barragem,
afundando e mergulhando a aldeia na água que cobre agora as outrora secas planícies alentejanas.

A boa sensação de ficarmos acomodados na casa D. Antónia,
casa de turismo rural, dentro das muralhas de Monsaraz,
onde desfrutamos dum presépio de rua
e do silêncio que acompanhava os nossos passos na noite,
nesta vila cheia de memorias ancestrais,
levou-nos a querer repetir a experiência
e a ter saudade de voltar mesmo antes de partir.

sfsousa/olharomar

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