quinta-feira, 19 de março de 2009

Viagem na noite longa


Na noite longa
minha alma
chora sua fome de séculos

Meus olhos crescem
e choram famintos de eternidade
até serem duas estrelas
brilhantes
no céu imenso.

E o infinito se detém em mim

Na noite longa
uma remotíssima nostalgia
afunda minha alma
E eu choro marítimas lágrimas
Enquanto meu desejo heróico
de engolir os céus
se alarga
e é já céu

Tenho então
a sensação esparsamente longa
de vogar no absoluto

Mario Fonseca

2 comentários:

Sonia Schmorantz disse...

VERDADEIROS AMIGOS SÃO COMO ESTRELAS
NEM SEMPRE OS VÊ, MAS SABE QUE ESTÃO LÁ....
UM ABRAÇO E BOM FINAL DE SEMANA, TEUS POEMAS ESTÃO SEMPRE MUITO LINDOS, GOSTO DE VER QUE ESTÁ ENTUSIASMADO PRODUZINDO MUITO. NÃO ESTOU NA MINHA MELHOR FASE, MAS ESCREVER AINDA É MEU MELHOR REMÉDIO.

Marinha de Allegue disse...

Ollar o mar e repousar ao seu son, cabilando...

Unha aperta.
:)