LAGRIMA
No silêncio das palavras
E no aconchego do corpo
Neste sofá de pernas claras
Um trago de café fica por tomar
No ausente amanhã
Nos pensamentos com rédea solta
Penso entender o que desfila no ecrã
Um romance de amor que me assusta
Dominando esta desordem que se aproxima
Me obrigando a deixar de escrever
A abandonar a musica que me beija os ouvidos
Oiço falar de amor
Trocam palavras e gestos
Dão rodopios à vida e à verdade
Que tento compreender
Mas o silêncio dos olhares
No amor cúmplice
Que se manifesta perante meus olhos
Configuram minha desordem e meu vazio
E neste dia
Uma lágrima sufoca meu respirar
Violenta minha face
Me obriga a pensar
Que as memórias e os sentimentos
Se manifestam com este arrepio
Inesperado
Que nos dá vida e acaricia o coração
E essa lágrima que sem sossego vai
Sentida é... profunda cai.
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