Numa visita à escola,
sentado à velha secretária
acorrentado a esse U geométrico
mas pleno de vontade e nostalgia
abre-se a porta
e alguém me propõe que abrace
um momento marcante da minha vida:
Como se a vida não fosse de si marcante
a cada dia que passa
Desde o voltar do sol que nas serras desponta,
à brisa do vento que nos seca
Da chuva miudinha ou nuvem ensolarada,
às correntes e marés que bonanças não anunciam
Do outro lado do mundo que para o dia desponta
à lua que marca as nossas estações
actualmente travestidas doutras aragens
Mas na nossa vida
marcante será tudo o que gira
o que fira nossos olhos e corações
o que desperte angústias, alegrias
pesares e emoções
Todas as palavras e sorrisos que por nós passam
e repetidamente marcas nos deixam
E com os pensamentos acostando
escrevo sobre alguns dos mais marcantes momentos
certo de haver esquecido algum
escrevo numas poucas linhas
o que não se pode dizer em dezenas de páginas escritas
o amor, a saudade
os entes queridos, meu ar
o filme desses acontecimentos nesta página não cabe
é demasiado sentir
que nenhum livro pode abraçar
Sfsousa/olharomar
Um comentário:
E a tua poesia continua sempre muito terna, muito bonita!
Obrigada pela visita
Um abraço
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